(Vanoci Marques / Hélio Quadros)
Eu sou o vento minuano se rebolcando lá fora
O sol ao romper da aurora que, sem limite, se expande
Sou grito do atalaia, ecoando lá nas coxilha
Sangue de herói farroupilha e o coração do rio grande
Eu sou a seiva da terra, alimentando as florestas
A passarada, em orquesta, que o maestro não regeu
Sou força do potro xucro com garra e procedência
Que não esquece a querência do rincão onde nasceu
Sou água cristalina que brota, rasgando o chão
Estrela na escuridão, parcereando com a lua
Sou a armada do laço que se atira nas guampas
Nata da raça do pampa que a história perpetua
Eu sou o índio guerreiro, de espada, lança e garrucha
A própria essência gaúcha, de alma pura e campeira
Sou a lagoa dos patos no litoral que se vai
Águas do velho uruguai, barranqueando fronteira
Vento predominante frio e seco, que sopra do quadrante SW (Alegrete, Uruguaiana, Quaraí, Barra do Quaraí) - donde habitavam os nativos (índios) denominados Minuanos (por essa razão), que se tornaram hábeis campeiros (laçadores e boleadores).
Seguidor Farrapo.
Cavalo novo que ainda não levou lombilho.
Selvagem.
Lugar onde se gosta de viver; se quer viver; lugar do bem-querer.
Lugar isolado em fundo de campo.
Apero (acessório) trançado de couro cru, composto de argola, ilhapa, corpo e presilha.
Descampados cobertos de vegetação rasteira onde a vista se estende ao longe; compreende desde a Província da Pampa Austral, ao sul de Buenos Aires (Argentina) até os limites do RGS com o Estado de Stª Catarina (Brasil).