Um certo dia levantei bem cedo
Peguei minha roupa na mala botei
Disse pros velhos vou dar uma volta
Conhecer o mundo por onde não sei.
Pra meus amigos falei com tristeza
Pois não sei quando aqui voltarei
Na retirada eu peguei meu violão
E por despedida uns versos cantei.
Fui despedir da minha prenda linda,
Já meio de passagem tive que chegar
Disse pra ele vim dizer adeus
E agora mesmo eu vou viajar.
Minha querida me deu um abraço
E no seu rosto vi o pranto rolar
Com muita tristeza deixei a querência
E sai cantando para não chorar.
Por este brasil vivo gauderiando
Trago em meu peito a recordação
Por outros pagos vivo repontando
Tropas de saudade lá do meu rincão.
Lembro do meu laço, lembro do meu pingo,
Lembro dos fandangos de tradição
Lembro das festas e companheiradas,
Lembro do churrasco e do chimarrão.
Por onde passo eu deixo saudade
Deixo muitos fãs e companheiros
Pra espantar tristeza, tenho meu violão
Para ir nas festas não em falta dinheiro.
Por esse mundo vou levando a vida
Pois sou um gaúcho aventureiro
E desde pequeno foi o meu sonho
De viver cantando pelo mundo inteiro.
Jóia, relíquia, presente (dádiva) de valor; em sentido figurado, é a moça gaúcha porque ela é jóia do gaúcho.
Lugar onde se gosta de viver; se quer viver; lugar do bem-querer.
Comida preferida do gaúcho.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.