Fiz um ranchinho, cobertura de tabuinha
Uma porta que dá pra sala , outra que dá pra cozinha
Jogo de tuia pra guardar as provisão
Milho colhido na roça, farinha, arroz e feijão.
Dois banco grande, uma mesa de puro cerno
Fogão de chapa barreado pra aquecer nosso inverno
Manta de charque dependurada no gancho
Um lampião a querosene pra iluminar nosso rancho
Duas panelas de ferro continetina
Tarro de cobre que é pra leite da brasina
Chaleira preta, cuia e bomba prateada
Pra começar bem o dia mateando de madruagfada.
Catre bem largo, lastro de imbira trançado
Um colchãozito de palha pra aninhar do meu lado
E numa estaca pendurada no batente
Tem uma cola de vaca que pra tu guardar os pente.
Janela grande que é pra ver o sol nascer
E iluminar teu sorriso gauchinha bem-querer.
Carne salgada e seca ao sol.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Cabaça para chimarrear (ou matear); em guarany caiguá.