Topei com a "véia" cuiúda
Cruzada com lobisomem
Diz que vai morrer solteira
Pois não tem gosto por homem
Vive toda esgadeiada
Fedendo a quincha de rancho
Se encontra um cordeiro morto
Ela peleia com os carancho
Munta em qualquer colmilhudo
Que saia arrotando pasto
Aproveita pra dar pau
E pra tirá cosca nos basto
Mete um sovéu numa tambeira
E manda que o bicho se deite
Com uma mão agarra as patas
E com a outra tira leite
Peleia se dando volta
Igual dourado na rede
Se alvorota igual a gato
E sai mijando na parede
Nas noites de sexta-feira
Quando a lua entra mais cedo
Diz que a "véia" se transforma
E uiva no arvoredo
Letra: João Sampaio / Odenir dos Santos
Música: Mano Lima
Interpretação: Mano Lima
Fantasma mitológico e lendário (metade lobo e metade homem).
Cobertura com santa-fé, macega ou folhas de palmeiras.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Contenda, disputa, combate, luta, batalha.
Apero torcido de couro cru, peludo (não tem ilhapa), que serve para capturar quadrúpedes.