Buenas tardes meu patrão,
Eu lhe truxe o cavalo
Para lhe entregar
Pingo bom barbaridade,
Domei a capricho pra vancê enciá
Só não facilite as pata
Porque é cusquioso e não é de laçar
Nele eu nunca lacei
Se se assutar da cincha pode veiaquear
Cosa boa esse cavalo
Garanto,patrão que melhor não há
Só é negador de estribo
Tome cuidado pra não lhe patear
Outra cosa, meu patrão
Antes que eu me esqueça vou recomendar
Aperte devagarinho
Que é de poca cincha e pode se bolear
A boca desse cavalo lhe digo,patrão
Que isso é uma beleza
Pasta e bebe que dá gosto
É um animal domado já de natureza
Oigalê que rico pingo!
Só não é de forma e não deixa chegar
Bote o buçal numa taquara
E vá negaceando pra poder pegar
Esse cavalo,patrão lhe digo
Parece comigo bastante
Vancê tenteia na rédea e ele diz que não
E só vai pra diante
O patrão me pague a doma
Que eu vou-me embora muito agradecido
Pode ser que tenha sorte
Que este animal nunca lhe quebre um fervido
Apero da encilha que serve para apertar os arreios.
Primeiro apero do “preparo” da encilha.
Apero de couro (torcido, trançado ou chato) preso às gambas do freio, que servem para governar os eguariços.
A maior autoridade de uma Estância, Fazenda ou CTG.