Numa lobuna, potrinha boba de freio
Apertei bem os arreios, e larguei no rumo da aguada
Pra "tomá" um trago e "atirá" um osso ferrado
No bolicho do "pintado", metendo "suerte clavada"
Trote monarca, cacho atado a cantagalo
Pois se ando de a cavalo não é de medo das cobras
Ganho minha vida pechando boi sobre as garras
E ás vezes faço uma farra, sempre que a "plata" me sobra
Vinha cruzando, num rancho costa de cerro
E nisso me atira um beijo, uma linda na janela
"nego" pachola já quis me luzir pra outra
Levei o corpo na porta e esbarrei lá junto dela
Achei bonito e fiz uma graça com o pala
E a lobuna se resvala e prende um coice nos "talher"
Perdi os estribos, de pronto as rédeas me toma
Fui botar fora essa doma só por causa de mulher
Peguei o grito e a lobuna não me ouviu
Em duas se repartiu mandando lombo comigo
Me agarrou mal, e eu tive que "cruza" a perna
Só deus é quem me governa...mas eu respeito o perigo!!!
Mas que serviço, mas que baita gauchada...!
Na frente dessa morada perfumada de jasmim
Fiquei de a pé, e ela rindo na cancela
E essa linda da janela nem era tão linda assim.
Pequena bodega.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Tem dois sentidos: Patada violenta de um animal; ou, a 1ª junta de bois cangados.
Adestramento.
grande, crescido; (Se usa em outras partes do Brasil)