Não estou vendo o agora e seus flagrantes,
A madeira podrida e ervas da ausência,
Mas o eterno menino e os pais distantes
No antigo afeto e antiga residência.
Pelas trilhas sabidas da querência
Vão chegando os extintos figurantes.
E a triste alvenaria em decadência
Se anima e está tão viva como dantes.
São diversos os bois, mas o mugido
É o mesmo. O mesmo arroio entra amarilhos,
No seu longo soluço enternecido.
O arvoredo alto...ah ! deixem-me chorar...
Que todas as moradas são exílios
E aqui, onde eu não moro, é que é meu lar.