No vai e vem do fole da botoneira
Entre meia e polvadeira o tocador dá-lhe grito
Toca de tudo pra alegrar os fandangueiros
Que se vem pros paradeiros desse meu pago bendito
Gente que chega de carroça e de a cavalo
Pegam carona no embalo de uma vaneira guasqueada
Que se debrulha nas munhecas de algum taita
Sovado a toque de gaita repontando a madrugada
Num fundão de campo polvadeira se levanta
Ao som de gaita china linda e gole canha
Pra quem não conhece nessa vaneira relato
O verdadeiro retrato de um fandango de campanha
O bolicheiro xiru velho de respeito
Já conhece bem o jeito dessa indiada de campanha
Sabe das manhas e das baldas do gaiteiro
Que só anima o entreveiro boleando trago de canha
Clareia o dia surungo véio na rapa
Nenhum china se escapa de aturar o borracho
Mas nessas horas se não tem tu, vai tu mesmo
E muitas se marcam a esmo nos braços de qualquer macho
Lugar em que se nasce, de origem
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).
Denominação genérica do Baile Gaúcho.
índio ou caboclo. Na língua tupi quer dizer "meu companheiro"
Baile de baixa categoria.