Sou o vento minuano das coxilhas
Assobiando pelos cantos dos galpões
Sou a chuva, o sol e o frio sobre as flexilhas
Quando cerne falquejado dos moirões
Sou estampa madrugueira da querência
Foboniando ao pé do fogo de chão
Canto nativo que se cuida em referência
Nas batidas de um xucro coração
(Sou do sul, deste torrão eu sou gaúcho
Marca taura de uma terra varonil
Rio Grande guapo de batalha e liberdade
Fronteira firme palanqueando este Brasil)
Em meu peito uma tropilha redomona
bate cascos disparando pelo campo
Esta vida que se faz terna e chorona
É guiada pela luz de um pirilampo
Tem o sonho colorindo a emoção
Batizando esta cepa galponeira
Em minh'alma mora a alma do rincão
Toda força dessa raça brasileira
Vento predominante frio e seco, que sopra do quadrante SW (Alegrete, Uruguaiana, Quaraí, Barra do Quaraí) - donde habitavam os nativos (índios) denominados Minuanos (por essa razão), que se tornaram hábeis campeiros (laçadores e boleadores).
Selvagem.
Vivente que se pode recomendar.
Vivente forte e destemido.
Coletivo de cavalos.