"trago esse xote
Que é pra entregar de regalo
Pra quem gosta de cavalo
De gineteada e bailão"
"e vamos se balançando
Num xote veio crinudo
É dois pra lá, dois pra cá
E uma voltinha moçada"
Xote crinudo...
Da pampa velha grongueira
Costeando na botoneira
Num surungo de galpão
De um jeito antigo
Aquerenciado na fronteira
Curtindo nas bebedeiras
Oitavadas no balcão
Xote sem sono...
Cusquilhoso e retovado
Que por ser abagualado
O nego ajeita com calam
E noite adentro
Floreia e tapa de grito
Porque além de ser bonito
Te juro faz bem pra alma
Trago esse xote
Que é pra entregar de regalo
Pra quem gosta de cavalo
De genetiada e bailão
E pra os que gostam
De um romance proibido
Destes de beijar escondido
Na penumbra do salão
Xote terrunho...
Moldado no reboliço
Mas que tem o compromisso
De manter a tradição
De vez em quando
Se arrasta batendo garra
Depois se amansa e esbarra
Erguendo terra do chão
Xote dos "nosso"
Da gente buena e campeira
Criada pelas pradeiras
Que se garante no embalo
Se derem cancha
Arrocina a evolução
Pois hay que tranca o garrão
Depois se bota o pealo
Descampados cobertos de vegetação rasteira onde a vista se estende ao longe; compreende desde a Província da Pampa Austral, ao sul de Buenos Aires (Argentina) até os limites do RGS com o Estado de Stª Catarina (Brasil).
Baile de baixa categoria.
Calçado com cano (curto, médio ou longo), feito de couro.