(Na ponte de Uruguaiana, o rastro dos meus amigos...) 4 vezes
(Contando os dormentes onde assentam os trilhos,
Carril de ferro em que passa o trem
No passo das trocas os dois lados da fronteira
Mas chê de Deus que vai e vem...) Bis
Eu trago chibo de Libres, unas cositas miúdas
Fidel, sabão, remolacha e alguns mijado nas curtas...
No chisme a tal da atochada, se a Guarda vier me prender
Num chamamé embolsado, num bolichão do Buraco e sei lá o quê.
(- Mas chê, vou te dizê!) 4 vezes
MEU RIO (Rafael Ovídio – Cabo Deco) - falado
Uruguai rastejante, cobra d’água gigante,
Corpo de fio flutuante querendo a boca do mar...
Uruguai costureiro cosendo fronteiras
Suturando pelas beiras querendo irmanar...
Uruguai barrento, sinuoso, sangrento,
Cantando um lamento sem mata ciliar...
Uruguai resvaloso, do limo da pedra e do lodo
Que grita socorro e não quer se entregar...
(Na ponte de Uruguaiana, o rastro dos meus amigos...) 4 vezes
(Contando os dormentes onde assentam os trilhos,
Carril de ferro em que passa o trem
No passo das trocas os dois lados da fronteira
Mas chê de Deus que vai e vem...) Bis
Eu trago chibo de Libres, unas cositas miúdas
Fidel, sabão, remolacha e alguns mijado nas curtas...
No chisme a tal da atochada, se a Guarda vier me prender
Num chamamé embolsado, num bolichão do Buraco e sei lá o quê.
(- Mas chê, vou te dizê!) 4 vezes
SAUDADEZITA APERTADA ((Rafael Ovídio – Cabo Deco) – falado
Saudade da minha infância, do Loló e do Copelo,
Das bolitas do Tio Sadi, dos bicos de caramelo...
Saudade da minha querência, do bolicho do Dorval,
Da mortadela com queijo, na gajetita com sal...
Saudade da Itaoca, dos cavalos no potreiro,
De escutar a hora de sesta atirado nos pelegos...
Saudades de Uruguaiana, das chalanas no Uruguai,
Do colo doce da minha Mãe, do beijo terno do meu Pai...
Saudade da conga azul, dos meus puaços de peão,
Do Leandro e do Gabriel, saudade dos meus irmãos...