INFORMAÇÕES DA MÚSICA

Pingo Ruano

Velho Milongueiro

LP Não tá Morto quem Peleia (1986)

Eu tenho um pingo ruano que me leva a onde eu quero
E par ser bem sincero ele eu não troco por nada;
Em diversas carreiradas já deu a mostra do pano
Nas patas do meu cavalo já ganhei muitas paradas.

Tem as quatro patas branca, de cola e crina também
E um andar de vai e vem, rédea solta estrada a fora
É só cutucar na espora que o meu ruano se empina
Só da garupa pra china que ele sabe que me adora.

Quando perguntam se eu vendo meu pingo de estimação
Eu já respondo que não, meu pingo não é de venda
É presente de uma prenda que me atura a muitos anos
E eu considero o ruano a relíquia da fazenda

O meu cavalo ruano não é pintado de ouro
Mas pra mim é um tesouro vou explicar a razão
Ele é minha inspiração pra gineteada e poema
E me sirviu como tema pros veros desta canção.

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PINGO

Afetivo de cavalo de estimação.

RÉDEA

Apero de couro (torcido, trançado ou chato) preso às gambas do freio, que servem para governar os eguariços.

GARUPA

Anca.

CHINA

Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).

PRENDA

Jóia, relíquia, presente (dádiva) de valor; em sentido figurado, é a moça gaúcha porque ela é jóia do gaúcho.

FAZENDA

Estabelecimento rural com uma área entre 10 e 50 quadras de sesmaria de campo (ou 871 até 4.356 hectares), dividida em invernadas (cria, bois, vacas de invernar, etc.).