INFORMAÇÕES DA MÚSICA

Sanfona Velha

Velho Milongueiro

LP Não tá Morto quem Peleia (1986)

Sanfona velha alegria do seu dono
Eu perco noites de sono as vezes fazendo serenata
Só quando eu toco alivia o coração
E eu esqueço a ingratidão daquela mulher ingrata.
Me abandonou, esqueceu o nosso amor
Me deixou com esta dor pro resto da minha vida
Cheguei no rancho fiquei louco de tristeza
Um bilhete em cima da mesa me deixou por despedida.

E hoje em dia nem as borboletas pousa
Naquela mais lida rosa que tinha no meu jardim;
Só quando eu toco uma serenata pra ela
Que eu mato a saudade dela, sei que ela chora por mim.
Só quando estou com a sanfona em movimento
Que alivia meu tormento e eu tenho consolação
As vezes toco com os olhos rasos d’água
Coração cheio de magoa e não dou demonstração.

As vezes chegava no meu rancho aborrecido
Tinha aquele ente querido me esperando na janela
Já esquecia as minhas contrariedades
E com a maior felicidade eu esperava um beijo dela.
Mas hoje em dia esta tudo demudado
O meu rancho abandonado é só tristeza que tem
E quando chego que vou abrindo a cancela
Colho os olhos pra janela, olho e não vejo ninguém.

Já veio a mim chorando de arrependia
Tristonha e desiludida implorando meu perdão;
Eu fui dizendo: tu vai embora e me deixa
Sem haver razão de queixa magoaste meu coração.
Já quis voltar para o seu antigo ninho
E sente falta do carinho que este gaúcho faz
Mas um gaúcho que nem eu que tem vergonha
Sofro dor e até sonha mas não deixa voltar mais.

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RANCHO

Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.

GAÚCHO

Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.