O patrãozito hoje levantou aluado,
de pé trocado e os “zóio” que é umas “pataca”,
beiço comprido nem sequer um buenos dias,
jeito de touro que faz tempo não tem vaca.
e já se achega perguntando das ovelhas,
diz que a esquila anda atrasada a riviria,
que eu me vire pra acabar essa semana
e me reclama que cortei chibo em quantia
eu sigo firme no sotaque do martelo,
sacando velo, pulso e pulso ritmado,
de toda a folha com a tesoura bem afiada
e as “junta” toda inchada de tanto “tosá” agachado!
dia de vento o patrão acorda azedo,
sangue fervendo pela tala do pescoço
e até a cuscada que lhe recebe com festa
junto à soiteira paga caro o alvoroço.
mas haja calma pra um cristão manter a linha!
e da bainha não arrancar do facão...
“guentá” o tirão do peso bruto da lida
e ainda por cima ter que escutar do patrão.