(Fábio Quaraí)
Desde guri trago essa sina baileira
De se grudar na vaneira, num salão de chão batido
De corrê o zóio, campeando a luz do candieiro
Traga as changa pro entrevero pra dançar junto comigo
Corcoveio, num trote, num arronaço
Mostro a emtampa de índio macho, com semblante correntino
De fora a fora os quatro cantos do salão
Levanto poeira do chão, pra bailar do jeito antigo
Sou dançador, que pra dançar não paga imposto
Quando a china topa enrosco eu me perco na folia
Viro a noite num guascaço, reviro e dou-lhe puaço
Retoçando com as guria
Bombeio a sala e aquela que mais me gusta
Eu digo, tu não te assusta com meu jeito gauchão
Sou fandangueiro, e me criei nesta maneira
Num jeito bem bagaceira, mas é bueno este peão
Estendo a mão, num gesto de gentileza
E demonstrando nobreza, digo vem bailar comigo
Faço uma senha pro gaiteiro toque aquela
Porque eu tirei a mais bela pra bailar do jeito antigo