Jucelino Cortez
Um fandango à moda antiga
Lhes conto como é que é
Começava na tardinha
Noite a dentro arrasta pé
Um índio de guela solta
Cordeona, pinho e pandeiro
/E a gauchada dizia
É o Cantar Galponeiro/
Um fandango à moda antiga
A gaita tem som genuíno
Ronca forte a baixaria
No estilo do mestre Albino
Num bugio bem marcadito
O patrão, um taura campeiro,
/Responde prá quem pergunta...
É o Cantar Galponeiro/
Um fandango à moda antiga
Ninguém vai embora cedo
Se dá sono nas crianças
Sempre se ajeita uns pelegos
Se tem uns que não cochilam
Sinal que vai ser gaiteiro
/E a criançada pergunta...
Se é o Cantar Galponeiro/
Um fandango à moda antiga
Tem “bóia” de madrugada
A patronagem se empenha
Pra atender a gauchada
Todo mundo satisfeito
E o conjunto bem fandangueiro
/Vai voltar; lembre do nome:
É o Cantar Galponeiro/