Na sombra fresca do meu rancho amigo
num fim de tarde com matiz campeiro
sorvendo um mate que de par amigo
na tarde mansa é o meu melhor parceiro
loucos recuerdos da mulher amada
troteiam livres em minha lembrança
florão de china que deixou na estrada
o rastro vivo da desesperança
na sombra fresca do meu rancho amigo
sou mais um taura a meditar sozinho
campeando ao pelo o que perdi contigo
na tua ânsia de buscar caminhos
o mundo é maula e não te merece
porque te foste como um sonho louco
nossos momentos que só tu conheces
ficaram aqui rebrotando aos poucos
sorvendo as penas que juntei pra mim
o tempo passa sem me dar guarida
mas o campeiro vai vivendo assim
embora só para enfrenar a vida