Abre a cordeona gaiteiro, deixa de manha
me dá um trago da tua canha, porque esta é de barril
toca uma marca daquelas bem caborteira
com sotaque da fronteira, lá do garrão do brasil
toca gaiteiro que tu é dos bons, percebo
enquanto tu toca eu bebo, comigo não tem mistério
quero dançar, mas me encabula e me apavora
e enquanto não chega a hora, mais um trago pro gaudério
(bebo a vontade, gasto os pilas e me desfalco
e passo a noite solito, dançando em frente do palco
o povo todo ri, me chamam de lacaio
só vêem os tragos que eu bebo não vêem os tombos que eu caio)
termina o baile vem o dia, eu tô borracho
nem o meu caminho eu acho, reconheço que eu tô feio
saio pra fora e até com os parceiro resingo
nem mesmo meu próprio pingo, deixa eu chegar nos arreios
sigo agarrando na parede, palmo e passo
tropicando num balaço, vou mais ou menos assim
cabeça zonza e as pemas frouxas, me atrasa
termina o canto da casa e acaba o mundo pra mim
chego na estância, manhã de segunda-feira
o capataz lá na mangueira e manda encilhar o xaveco
É um burro zaino e prá montar nele me custa
dá um coice faz que se assusta e sai vendendo meus tareco
a lida é braba, mas eu gosto desta vida
não pode é faltar bebida, pra quem bebe a revelia
gaiteiro bom toca de ouvido a noite inteira
e pra farrancho e borracheira, nunca faltou parceria
Vila, distrito.
Estafeta que leva algo a outrem.
Medida do sistema sexagesimal: sendo linear é de 22 cm.; sendo superficial é de “22 cm X uma légua (6.600m) = 1.452m2”.
Segunda autoridade de um estabelecimento rural (Estância, Fazenda ou Grânja), de uma Tropa ou de uma Charqueada.
Grande curral.
Tem dois sentidos: Patada violenta de um animal; ou, a 1ª junta de bois cangados.