"Ouve um grande reboliço na zona do meretrício e um tal de Mário Cuiudo fez o maior estropício entrou chinaredo a dentro esquecendo as amizade apartou as moças do centro e desceu o mango a vontade"
A cordeona fez um breque
E o violão parou de soco
E o Mário foi dando as ordem
Pro macherio no sufoco
É a polícia pataquero
Abriu-se um clarão na pista
e ascenderam seus candeeiros
Pra mode de fazer a revista
Guarda noturno de ofício
Com pinta de delegado
Jeito rude fala franca
Chapéu na testa tapeado
Quem não viu conhece a fama
Daquele ser legendário
Que se impôs pelo respeito
E fez história em Rosário
Pras bandas do meretrício
Acredite quem quiser
Ainda ouço ecoando
A voz do Mário Xavier
Hoje troca de querência
quem não quiser largar dos "taier"
"Te cuida macho que hoje tu cruza por dentro da argola do meu mango, meu mango véio dá mormaço"
Lembro da nega Iracema
Rodeando a delegacia
Transforma a saura em poemas
Com os versos que ela dizia
Dos fios que a mamãe teve
eu sou o mais infeliz
Hoje avivo abandonado
Que nem filho de perdiz
Sentei pra sala em Santana
Meu velho destacamento
E as próprias folhas
das alves era meu entertimento
Erra o rico erra o pobre
Erra o mais civilizado
Não era o jovem Lorega
Porque era um índio perparado
Pras bandas do meretrício
Acredite quem quiser
Ainda ouço ecoando
A voz do Mário Xavier
Hoje troca de querência
quem não quiser largar dos "taier"
bordel; onde fica o chinaredo
Espécie de açoite.