Flavio Mattes / Santiago
Corrido
Sou vagabundo e andarilho
Que traz em sua alma o dom de cantor;
No bolso sem nenhum vintém,
Mas o coração cheinho de amor.
As vestes que cobrem meu corpo,
Pedaços de trapo, fieis agasalhos
Me cubro com o manto da noite
E lavo meu rosto com gotas de orvalho.
Sou vagabundo e andarilho
Que vive sozinho sem ter paradeiro
Eu sou amigos dos amigos,
Por isso eu não quero, nem preciso dinheiro
No banco de praça eu faço meu leito,
Tenho um teto lindo de céu estrelado
Onde me deito e sonho com aquela
Culpada de tudo que eu tenho passado.
Sou vagabundo e andarilho
Por mais que eu sofra eu adoro essa vida
Carrego meu velho violão,
Joia preciosa e judiado da vida.
Se sou vagabundo e andarilho
Somente ela sabe por que vivo assim
Vou findar meus dias pensando nela,
Sabendo que ela já esqueceu de mim.