Me capricho pro fandango da campanha tomei um trago de canha
E me largo pra bailanta, saio faceiro cutuco o pingo na espora
E me largo estrada afora a procura de percanta
Já na chegada escuto um ronco de gaita e indiada já me ataca
Com olhar de revesgueio
E vou chegando bem campeiro e bonitão porque eu goto do que é bão
E por ali já me apeio, e por ali já me apeio
Meta gaiteiro soca mais uma vaneira que eu de la da fronteira
E nesse tranco já me atraco
Meta gaiteiro soca mais uma vaneira com essa china dançadeira
De fazer saltar cavaco
Chapéu tapeado na testa vou me achegando de carco meio espiando
Vejo as prenda na sala, chego faceiro perfumado e carinhoso
No jeito meio sestroso arrastando a franja do pala
Gosto de xixo de levantar a polvoadeira no retoço da vaneira
Até apagar o candeeiro, de saltar lasca do assoalho do galpão
Xixo veio de galpão mas oiga tche baile campeiro
Mas oigalete baile campeiro
Denominação genérica do Baile Gaúcho.
Afetivo de cavalo de estimação.
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.
Andadura lenta dos eguariços.
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).
Jóia, relíquia, presente (dádiva) de valor; em sentido figurado, é a moça gaúcha porque ela é jóia do gaúcho.
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.