Mário Eléu
Orelhano, de marca e sinal
Fulano de tal, de charlas campeiras
Mesclando fronteiras, retrato na estampa
Rigores do pampa e serenas maneiras
Orelhano, brasileiro, argentino
Castelhano, campesino, gaúcho de nascimento
São tranças de um mesmo tento, sustentando um ideal
Sem sentir a marca quente, nen o peso do buçal
Orelhano, um paisano de tua estampa
Não se pede passaporte, nestes caminhos do pampa
Orelhano, um paisano de tua estampa
Não se pede passaporte, nestes caminhos do pampa
Orelhano, se hoje vives embretado
Procurando um descampado desta gaúcha nação
E aquele traço de união que nos prende lado a lado
Como um laço enrodilhado, à espera da ocasião
Orelhano, vem lutar no meu costado
Num pampa sem aramado, soprado pelo minuano
Reportar a liberdade, que acenava tão faceira
Nas cores de uma bandeira, levantada no passado
Orelhano, um paisano de tua estampa
Não se pede passaporte, nestes caminhos do pampa
Orelhano, um paisano de tua estampa
Não se pede passaporte, nestes caminhos do pampa(3x)
Descampados cobertos de vegetação rasteira onde a vista se estende ao longe; compreende desde a Província da Pampa Austral, ao sul de Buenos Aires (Argentina) até os limites do RGS com o Estado de Stª Catarina (Brasil).
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Primeiro apero do “preparo” da encilha.
Natural do mesmo país.
Apero (acessório) trançado de couro cru, composto de argola, ilhapa, corpo e presilha.
Vento predominante frio e seco, que sopra do quadrante SW (Alegrete, Uruguaiana, Quaraí, Barra do Quaraí) - donde habitavam os nativos (índios) denominados Minuanos (por essa razão), que se tornaram hábeis campeiros (laçadores e boleadores).