Sereno é o trote
que largo direito ao campo
revisar gado
em cerro e boca de grota...
largo solito
num jeitão bem altaneiro
tento de espora
cinchando o couro das botas.
uma terneira
brazina e mal costeada
salta abichada
querendo se governar...
soco as rosetas
e a tigra ganha a querência
num malacara
dos buenos vou te topá.
a polvadeira
por riba, enxerga o campo
e o doze braças
nos dedos encontra o vento...
pata de pingo
encurta espaço e distância
ajeito o corpo
pra metê de todo o tento.
foia de abóbora
vem se tapeando por conta
ajeito a armada
querendo meter um pealo...
não vejo nada
somente a noite nas vista
numa rodada
bolcando peão e cavalo.
oigale-tê...
cresceu a terra na cara
que coza braba
na boca da noitezita...
o malacara
cruzava numa canhada
metendo as patas
numa toca de mulita.