Linda florzita campeira
Com choro da madrugada
Costeando o calmo da aguada
Na manhãzita parida
Sombreiro em aba batida
Desenha a sombra do campo
E um coloreado de manto
Surge na taipa comprida
É mais um taura que chega
E, ao longe, boleia a perna
Numa coxilha que inverna
Boiada gorda de estado
Põe colorido ao banhado
Nas flores da corticeira
E alumbra sobre a porteira
Algum ranchito barreado
Ritual de campo e querência
Com olhos de estância antiga
Rio grande que benze a lida
Na pampa que o sul desperta
Fronteira com alma aberta
Na mansidão das canhadas
E a vida nas campereadas
Que a alma grande liberta
Ritual de campo e querência
Com olhos de estância antiga
Rio grande que benze a lida
Na pampa que o sul desperta
Fronteira mostra o retoço
No vasto de uma invernada
Mandando lombo a potrada
Que miro lá do potreiro
Quase me saca do arreio
Quando se nega a picaça
Do vulto de uma carcaça
Banquei a rédea no freio
Firmando a sola do estribo
Ajeito o corpo no basto
E um farejado no pasto
Desperta, adiante, o ovelheiro
Algum sorrito matreiro
Campeando um rastro perdido
Ao longe, vem entretido
No amanhecer de um cordeiro
Vivente que se pode recomendar.
Leves ondulações topográficas no terreno.
Grande estabelecimento rural (latifúndio) com uma área de 4.356 hectares (50 quadras de sesmaria ou uma légua) até 13.068 hectares (150 quadras de sesmaria ou três léguas), dividida em Fazendas e estas em invernadas.
Descampados cobertos de vegetação rasteira onde a vista se estende ao longe; compreende desde a Província da Pampa Austral, ao sul de Buenos Aires (Argentina) até os limites do RGS com o Estado de Stª Catarina (Brasil).
Apero de couro (torcido, trançado ou chato) preso às gambas do freio, que servem para governar os eguariços.