Tamo' de volta num tranco véio fandangueiro
E a sala lotada que nem formigueiro
Nos quatro canto' da sala levanta polvadeira
O povo animado dançando a vaneira
E vem que tem pegada na vaneira
Não temo' preguiça, botemo' pra quebrar
E vamo' firme num tranco monarca
Batendo na marca até o dia clarear
Nosso ideal é ver a sala cheia
A alma incendeia com vontade de tocar
Com um sorriso estampado no rosto
É aí que a gaita véia se abre com gosto
Vamo' metendo ficha, ahahuiahahá
Tamo' de volta num tranco véio fandangueiro...
Trancão de baile que bota o povo na sala
O som da gaita baguala incendeia a bailanta
E a polvadeira vai levantar no salão
E eu firme no trancão me levantando na vaneira
Sou bom de dança e não me entrego pro cansaço
Vou firme nesse compasso, no balanço da vaneira
E num gaitaço de balançar os arvoredo'
Dou de mão nos chinaredo' e atravesso a madrugada
Nesse tranco campeiro vamo' chacoalhar
Vamo' que vamo' pra lá e vamo' que vamo' pra cá
Marca véia bem boa de se balançar
Vamo' que vamo' pra lá e vamo' que vamo' pra cá
Meta a gaita, gaiteiro, pro baile incendiar
Vamo' que vamo' pra lá e vamo' que vamo' pra cá
E o povão tá na sala querendo dançar
Um trancão bem gaúcho de se desmanchar
E é hoje que eu vou me atracar num bailezinho
Daqueles da moda loca, pra dançar agarradinho
Fiz um esquenta lá no bar do Tio Maneca
Tomei cinco, seis caneco' daquela pinga marvada
Enchi meu bolso de amendoim e de hortelã
Pra mim chegar preparado pra grudar na mulherada
E é hoje que eu vou me atracar num bailezinho
Daqueles da moda loca, pra dançar agarradinho
(Márcio Santana da Rosa | Márcio Santana da Rosa/Lucas Cortes dos Santos | Márcio Santana da Rosa)
Andadura lenta dos eguariços.
Vila, distrito.
Calçado com cano (curto, médio ou longo), feito de couro.
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.