Me fiz ginete no lombo dos aporreados
Pois herdeiro sou do finado Tiarajú
Bicho maleva e veiaco que bate basto
Bate o pavor quando enxerga este xiru
Eu nasci xucro e trago nas veia' esta herança
Me fiz ginete no lombo dos aporreados
Gosto de ver o sangue escorrendo da espora
Enquanto o mango vai pegando dos dois lados
Já fiz cavalo para três pátrias gaúchas
Pois sou herdeiro do finado Tiarajú
Bicho maleva e veiaco que bate basto
Bate o pavor quando enxerga este xiru
Me alegra muito a voz de larguem esse guacho
Que sai bufando e urrando nas minhas esporas
Enquanto o vento assobia no meu chapéu
Eu abro o peito gineteando campo afora
Faço bocudo endemoniado virar santo
E burro xucro sai arrotando capim
Até o cuiúdo da manada que era surdo
Ouve meu nome e se ajoelha perto de mim
Tenho por sina esse ofício lindo e bruto
Trago de canha pelo porte e maneia
Porque se o maula encasquetear que ele é mais macho
Esbarra no braço de quem doma e gineteia
Me alegra muito a voz de larguem esse guacho...
(Walther Morais/João Sampaio/Diego Müller)
Malfeitor, desalmado, mau e perverso.
Selvagem.
Espécie de açoite.
Coletivo de éguas (de cavalos, é TROPILHA).
Destino, sorte.
Vivente que não devemos recomendar.
Adestramento.