Peço licença pra cantar este Rio Grande
Que se esparrama pelas frestas dos galpões
Te alcanço um mate e o calor da cuia antiga
Tenho certeza te trará recordações
Sorve com calma este mate meu parceiro
E pousa os olhos na magia do braseiro
Feito no cerno mais antigo deste pampa
Farrapa estampa do garrão Sul Brasileiro
Assim nasceu e se fez grande meu Rio Grande
Ouvindo o canto do minuano em assovio
Dançando xote, chamamé, valsa e milonga
Sendo crioulo no compasso de um bugio
Sinta então no coração toda a pureza
Da eterna ronda da roda de chimarrão
Fogão de lenha e o sorriso dos avós
A nos mostrar a verdadeira tradição
Pequenas casas que existem lá na serra
Fumaça branca saindo da chaminé
Bordam no céu a estrela do imigrante
pra ser parceira do lunar de São Sapé.
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.
Cabaça para chimarrear (ou matear); em guarany caiguá.
Vento predominante frio e seco, que sopra do quadrante SW (Alegrete, Uruguaiana, Quaraí, Barra do Quaraí) - donde habitavam os nativos (índios) denominados Minuanos (por essa razão), que se tornaram hábeis campeiros (laçadores e boleadores).
Filho de origem estrangeira, nascido aqui. Pode ser filho de branco, de amarelo ou de preto, não importa a raça ou a cor.
Ação de vigilância.