Eu quero andar nas coxilhas
Sentindo as flenchilhas das ervas do chão
Ter os pés roseteados de campo,
Ficar mais trigueiro com o sol de verão.
Fazer versos,
Cantando as belezas desta natureza sem par
E mostrar para que quiser ver
Um lugar pra viver sem chorar!
É o meu rio grande do sul
Céu, sol, sul, terra e cor
Onde tudo que se planta cresce
Onde mais floresce é o amor...
Eu quero bailar nas fontes
E olhar os horizontes com deus,
E sentir que as cantigas nativas,
Continuam vivas para os filhos meus...
Ver os campo florindo
E crianças sorrindo, felizes a cantar
E mostrar para quem quiser ver
Um lugar pra viver sem chorar.
/
Santana, minha santana
Do potro de cacho atado
Quando cruzo no barreto
Pra golpear um vinho gelado
Santana, minha santana
Santana do batuvão
Do artesanato gaúcho
Que borrou o calçadão
Eu sou bagual, eu sou bagual
Eu sou bagual
Nasci no meio do campo
Dentro dum cocho de sal
{repete}
Santana, minha santana
Do cerro lá de paloma
Dos barbados que se assanham
Quando as moça erdem a doma
Santana, minha santana
Do pinga e do momoso
Da pensão do as fronteira
Que alí já busquei pouso
Santana, minha santana
Da cordeona abagualada
Do leonel e do cardoso
Que são baguais pela estrada
Eu sou bagual, eu sou bagual
Eu sou bagual
Nasci no meio do campo
Dentro dum cocho de sal
{repete}
Cavalo novo que ainda não levou lombilho.