Autores: Talo Pereyra/Sérgio Aragonês/Nilo Bruno
Ferradura enferrujada sobre a soleira da porta
O quebranto fica fora e não entra o guampa torta
Um ferrão de Quero-Quero, sete cabeças de alho
Um guizo de cascavel e um São Jorge de baralho
Já mandei fechar meu corpo, Jesus Maria José
Vou botar meu breve novo de pena de caburé
Tição cruzado no fogo, te garanto que é um estorvo
Não se mata joão-de-barro nem se dá tiro no corvo
Não durmo com os pés pra rua, não sento em mesa de 12
Evito velar defunto porque não gosto da pose
Já mandei fechar meu corpo, Jesus Maria José
Vou botar meu breve novo de pena de caburé
Praga de noiva enjeitada, é igual que coisa feita
Pior que pisar em despacho, milho e galinha preta
A praga ataca por baixo, o índio perde a tenência
De nada vale amendoim nem os recursos da ciência
Já mandei fechar meu corpo, Jesus Maria José
Vou botar meu breve novo de pena de caburé