Um boi se desgarra da tropa que estende e vira a cabeça direito ao capão
Convido o cavalo que pronto me atende e sai arrancando o capim e torrão
Assim corto o rastro do boi que se apura e o laço certeiro me voa da mão
Se aninha nas aspas, a cincha segura e o flete conhece o serviço do peão
(É doce de boca domado a preceito
Do andar das crianças e até do patrão
É manso e tranqüilo mas sempre de jeito
Se acaso lhe toca correr boi gavião)
Então desencilho o crioulo gateado que chega faceiro por ver o galpão
Enfim resfolega de lombo suado a lida comprida e as rédeas no chão
É o pingo crioulo que segue na estrada bandeira do pago, fiel tradição
Heráldico flete que pelas manadas resiste tal fosse um gaudério brasão
São esses cavalos que a ida nos leva
Heróis esquecidos nessa evolução
Parceiros de campo que o tempo maleva
Reponta em silêncio além do rincão
Coletivo de militares e de bovinos.
Apero (acessório) trançado de couro cru, composto de argola, ilhapa, corpo e presilha.
Apero da encilha que serve para apertar os arreios.
Cavalo bom e ligeiro, de tiro longo.
Filho de origem estrangeira, nascido aqui. Pode ser filho de branco, de amarelo ou de preto, não importa a raça ou a cor.
Afetivo de cavalo de estimação.
Vivente aventureiro que chegou na Pampa, vindo do Brasil-central; não tinha profissão definida, nem morada certa e não se amarrava ao coração de uma só mulher