Letra: Jayme Caetano Braun
A terra que eu carpo tem erva daninha
Devia ser minha por lei de família
E os sonhos que eu sonho também deveriam
Se a pátria que eu amo fizesse a partilha
Dos tempos que andam, ficaram as sendas
Porém, os que mandam só pensam em vendas
A terra de todos pertence a tão poucos
Talvez porque tantos deixaram que seja
Não há quem proteja de abusos e agravos
E o canto dos bravos quer pátria pra todos
Distante dos lodos, saraus e conchavos
Distante dos lodos, saraus e conchavos
E o céu desta terra, será que venderam?
A herança mais bela da flor amarela
Da nossa fortuna, se a própria laguna
Tem céus dentro dela, tem céus dentro dela
Sinuelo dos tauras, bandeira dos livres
Eu sinto que vives flameando nas almas
Aos incréus que dirigem, inspira e acorda
C'o a luz que recorda o berço e a origem
C'o a luz que recorda o berço e a origem