Eu esses dias agarrei o meu laço
Me preparei pra dançar num fandango
Botei meu traje novo de gaúcho
E montei no baio de espora e mango
Neste rodeio de china bonita
Uma armada grande no laço aprontei
Cerrei no canto uma dúzia de prendas
E a mais bonita que tinha eu lacei
Cerrei no canto uma dúzia de prendas
E a mais bonita que tinha eu lacei
(Sendo bonita não escapa da presilha do meu laço)
E neste tiro de laço que eu dei
A meia espada lacei a morena
Dançou de par toda a noite comigo
No seu ouvido eu chorava sem pena
No fim do baile eu desatei o laço
E ela disse, não desate não
Tu me laçaste, gaúcho me leva
Pra invernada do teu coração
Tu me laçaste, gaúcho me leva
Pra invernada do teu coração
(Vem montar na garupa)
Mas os parentes da moça por perto
Ouviram ela pedindo para vir junto
Já me pularam de espada e revólver
E eu já senti o cheiro de defunto
Botei pras costas minha linda china
Arranquei do trinta e do meu facão
Dei uns estouros e foi tudo pro mato
E furei a bala o forro do salão
Dei uns estouros e foi tudo pro mato
E furei a bala o forro do salão
Eu trouxe a china pra morar comigo
Ta invernada dentro do meu peito
Me faz carinho e enche o chimarrão
Coisa de china linda e de respeito
Pelo civil e pelo religioso
Nós se casemo pra viver em paz
Agora eu tenho quem me compreende
Guardei o laço e não pialo mais
Agora eu tenho quem me compreende
Guardei o laço e não pialo mais
Reunião para cuido, que se faz do gado.
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).
Botão da mesma guasca, que serve para fixação.
Apero (acessório) trançado de couro cru, composto de argola, ilhapa, corpo e presilha.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Subdivisão de uma Fazenda; designa também, departamento de um CTG (Entidade Tradicionalista).
Ato de arremessar o laço (ou sovéu) e por meio dele prender as patas do animal que está correndo e derrubá-lo. Existem muitos tipos de PEALO, entre os quais: