Cevei meu mate de manhã bem cedo
Mas me deu medo de perder a hora
Calcei esporas e fui tentear a vida
Que por esquecida quase foi embora
Recorri meus sonhos reparando cercas
Pra que não se percam os meus desatinos
Encontrei menino cheio de retovo
Fui sonhar de novo que esse é meu destino
Tenho um coração pulsando no meu peito
Ritimando os passos do que percorri
E aos meus amigos as lembranças boas
De que fui feliz quando estive aqui
Apartei as contas dos anseios gastos
E as lembranças tristes do que já sofri
Quero os meus abraços de abraçar lonjuras
E encontrar o rumo do qual me perdi
Sei que a morte ronda as desesperanças
E que a sorte é a arma dos que não sonham mais
Eu não quero a vida feita de lembranças
Quero viver tudo o que deixei pra trás
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.
Aguardar.
Ação de vigilância.