Do meu rio grande, andei distante de ti
Porém jamais vou te deixar, eu te prometo
Eu achei fallta do carinho da chinoca
Do mate amargo e do churrasco no espeto
Mas na verdade do que mais eu achei falta
De tantas coisas deste pago hospitaleiro
Foi ver no fogo a minha panela preta
E dentro dela galopeando um carreteiro
Eu quero comer um carreteiro...
Eu quero comer um carreteiro...
Eu quero comer um carreteiro...
Eu quero comer um carreteiro,
Com charque bem gordo no estilo campeiro.
Esta é a bóia mais crioula do meu pago
Uma panela só pra mim é muito pouco
Quando me lembro um carreteiro bem gordinho
Sinceramente até me corre água da boca
É muito fácil de fazer um carreteiro
Arroz e charque na velha panela preta
De um carreteiro que eu comia estra afora
E em dia de chuva dentro da velha carreta
Eu quero comer um carreteiro...
Eu quero comer um carreteiro...
Eu quero comer um carreteiro...
Eu quero comer um carreteiro,
Com charque bem gordo no estilo campeiro.
Meu carreteiro hoje é bóia de luxo
Deixou o campo e veio morar na cidade
Meio esquisito aparece todo enfeitado
Nos refeitórios da mais alta sociedade
Mas eu confesso que prefiro passar fome
Do que comer um carreteiro fantasiado
Eu gosto mesmo é de um carreteiro sem floreio
Bem gordo e simples lá na beira do alambrado
Eu quero comer um carreteiro...
Eu quero comer um carreteiro...
Eu quero comer um carreteiro...
Eu quero comer um carreteiro,
Com charque bem gordo no estilo campeiro.
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.
Comida preferida do gaúcho.
Lugar em que se nasce, de origem
Carne salgada e seca ao sol.