Peço ao patrão das alturas
"Me livra deste sufoco"
Que meus tareco que eu tenho
Esta sobrando muito pouco
Fiz promessa não adianta
Até já rezei várias vezes
Parece que eu fui nascido
Numa Sexta-Feira treze
Me criei de peão tordilha
No fundão de campo aberto
Por ter crescido sem sorte
Peguei o caminho incerto
Desde guri fui disposto
Trabalhador e esperto
Não sei que, que eu fiz de errado
Pra mim nada dá certo
Meus cachorro enlouqueceram
morreu meus porco que eu tinha
me bate o sorro lá em casa
E comeu tudo minhas galinha
O que plantei perdi tudo
Morreu por falta de chuva
Pra ver se me endireitava
Eu me casei com viúva
Me acontece tanta coisa
Que eu quase que me comovo
Pode ser que um pai de santo
Me livre deste retoco
Eu bem faceiro com a viúva
Me fui num baile no povo
Por lá me tomaram a veia
E fiquei solteiro de novo
Minhas vacas morreram tudo
Por que pastaram MIU-MIU
Dos guaxos só sobrou um
Que escapou do xorú
E o patrão com os bofes azedos
Não olha firme no meu rosto
E pelo jeito me solta
Não passa do mês de agosto
Mas mesmo assim não desisto
Sou missioneiro peitudo
Que cada dia que passa
Levo um tufo macanudo
Os meus arreios e meu laço
Os rato atoraram tudo
Me roubaram a égua veia
E me caparam o cuiudo.
A maior autoridade de uma Estância, Fazenda ou CTG.
Objeto que já perdeu a sua utilidade.
Operário de estabelecimento rural ou associado de entidade tradicionalista.
menino, garoto (Se usa em outras partes do Brasil)
Cachorro selvagem do banhado.
alegre, contente
Conjunto da encilha.