Se não existisse o mar que seria do navio
Que seria da balsa se não existisse o rio
Que vale ter o pé quente e um parceiro do pé frio
Que vale o circo na praça
Pra gente cantar de graça depois que a praça caiu.
Que seria do meu rancho se não fosse o pau a pique
Que seria do gamba se não fosse o alambique
Que seria da indiada se não fosse o cacique
Me disse o Paulo Martins
Que seria dos Mirins sem o Albino Manique.
Que seria da caneta se não houvesse o papel
Que seria do pintor se não houvesse o pincel
Que seria do soldado se não houvesse o quartel
Me disse o Itajaiba
Que seria do Anibal se não fosse o Coronel.
Que seria da mulher se não houvesse malicia
Que seria do meu bem se não houvesse carícia
Que seria do lixeiro se não fosse a imundice
Não desfazendo os cartazes
Que seria do Zambiaze se não houvesse notícia.
Que seria do empregado se não houvesse o patrão
Que seria do pecado se não houvesse o perdão
Que seria deste poeta se não houvesse a inspiração
O programa da alegria
Eu não sei se existia se não fosse o Abraão
Que vale eu viver amando se quem amo foi embora
Que vale eu andar direito se o mundo me ignora
Que vale um palacete se estou dormindo lá fora
Não quero jogar confete
O que valeria o Borgheth se não fosse a Zero Hora.
Que seria do pedreiro se não houvesse o tijolo
Que seria do esperto se não existisse o tolo
Que seria da cabaça se não houvesse o miolo
Era pobre ficou rico
O que seria do Nico longe do Galpão Crioulo.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
A maior autoridade de uma Estância, Fazenda ou CTG.
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.