Fogão à lenha num canto e um caixote com as tilhas
Um punhado de marcelas para iniciar a vigília
Que a madrugada bem grande já faz parte da família
Imagens que o pampa inteiro nessas horas temporonas
Acostumou-se ao diário de um candeeiro e uma acordeona
Charlando num rádio à pilha na cozinha das peonas
Não sei por qual o motivo são sempre idosas senhoras
Os filhos no mais deas vezes mocitos foram embora
E as filhas lindas chionocas há muito no povo moram
E as filhas lindas chionocas há muito no povo moram
São elas com seus parceiros, caselhando e canteando
Raízes que se plantaram e por lá foram ficando
Iguais umbu veterano ano a ano rebrotando
Talvez o tempo e a vida neste palco de aquarela
Plantem velhice nos campos quando a velhice atropela
Porém encontra-la saudosa num bolicho de favela
Agora outros murmúrios no chimarrão matinal
Motores aves estranhas e uma visão vertical
Perdida nos documentos pra pensão do Funrural
Perdida nos documentos pra pensão do Funrural
Perdida nos documentos pra pensão do Funrural