No sebruno estreleiro
Eu me fui de pago em pago
(uma guampa de cachaça
Em cada sesteada um trago)
Mas o vento minuano
Batia as franjas do pala
(fumo bueno e palha boa
E um charquezito na mala)
Quando a noite me tapava
Com o poncho da escuridão
(vinha a lua repontando estrelas
Num sinuelo de clarão)
Nas estâncias que passei
Domei muito, fui peão
(carretiei, fiz alambrado
E fui bueno na marcação)
Em tropeadas fui tropeiro
Vaqueano no corredor
(meu sebruno sempre atento
Pra algum boi separador)
Mas a geada do tempo
Me vem branqueando os cabelos
(hoje só resta a lembrança
Na minha mala dos pessuelos)