Há uma luz luzindo ao longe
Na quincha da imensidão
"Alumia" qual fogueira
O rancho desta canção
Quando uma gaita campeira
Arrocina o coração
Há uma luz de fogo-fátuo
Refletindo o encantamento
Em teus olhos que me buscam
Florescendo o sentimento
Duas estrelas perdidas
Nas várzeas do firmamento
Há uma luz que não se apaga
No horizonte sem tapumes
Nem o tempo ou a distância
Apartará dos costumes
Os que tem almas de estância
Povoada de vaga-lumes
Há um luzeiro dentro em nós
Camboneando nossa essência
Este querer de raiz
Palanqueando na consciência
Vozes de gaita e guitarra
Canções de pátria e querência
Há uma luz nessas lonjuras
Namorando o corredor
Quando um verso se desgarra
No cantar de um payador
A alma vira cigarra
Nas serenatas de amor
Somente há uma luz mais bela
Que os clarões da madrugada
Por ser um coto-de-vela
Na moldura das aguadas
Nada se emparda aos luzeiros
Dos olhos da minha amada
Cobertura com santa-fé, macega ou folhas de palmeiras.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Grande estabelecimento rural (latifúndio) com uma área de 4.356 hectares (50 quadras de sesmaria ou uma légua) até 13.068 hectares (150 quadras de sesmaria ou três léguas), dividida em Fazendas e estas em invernadas.
Lugar onde se gosta de viver; se quer viver; lugar do bem-querer.