Pelos caminhos de andejo livre
Levo a cordeona como companheira
Que compartilha até meu chimarrão
E a emoção no chiar da chaleira
Me apaixonei por essa linda dona
Pois ela encanta e seduz minhas mãos
Vai embalando num sublime abraço
Bem no compasso do meu coração
(minha cordeona, canta comigo
Porque tu és minha cara-metade
Quando tu cantas, pedindo amor
Enches meu rancho de felicidade)
Quando a saudade da chinóca amada
Amarga o mate, rouba o meu sossego
Tu me consolas com teu jeito meigo
No teu abraço eu encontro aconchego
Pelos fandangos que contigo toco
Conquisto amigos, semeio alegria
Canto meu pago na linguagem xucra
Transformo a vida em linda melodia
Quando te abraço num namoro sério
Sinto teu corpo se aquecer em mim
Meus dedos falam qualquer idioma
Embriagados num amor sem fim
O teu murmúrio em forma de cantiga
Lembra a poesia que o riacho diz
Eternizando esse sentimento
Num casamento que nos faz feliz
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Lugar em que se nasce, de origem