Parece que o inverno brabo me pegou desprevenido
Cresce o calor da Água quente no mate recÉm cevado
Emparceira o poncho aberto ao redor do fogo que arde
E esse frio que vem do miolo, me gelando sem alarde
Baixa a poeira das jornadas no fundo do corredor
Muitas tropas jÁ passaram, outras nem mesmo se vÃo
A vida passa ligeira, sem pena nos atropela
Meu gateado que cruzava, hoje espera na cancela
Aperta o ronco do mate, sofrena um trago da canha
Esquenta o fogÃo campeiro, mas É pouco pra friagem
Acendo quieto o palheiro, tragando fumaÇa larga
Espicho a dor dos invernos com a que o coraÇÃo amarga
Se a pampa vai se alargando, fugindo do tempo feio
Vaga perdida na noite minha estrela campesina
A trote busco no hoje razÃo pra toda minha vida
Cresce o valor da querÊncia nestas lÉguas distorcidas
Os olhos param no fogo e na fumaÇa que sobe
Bombeiam mais o meu sangue, o pulsar das emoÇÕes
Arredio sangue pampeano, crioulo mais do que o mate
Sonhando vivo o rio grande, deitado em riba do catre
(refrão)
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.
Pilcha, espécie de capa sem abertura e de gola redonda que abriga do frio.
Descampados cobertos de vegetação rasteira onde a vista se estende ao longe; compreende desde a Província da Pampa Austral, ao sul de Buenos Aires (Argentina) até os limites do RGS com o Estado de Stª Catarina (Brasil).
Andadura moderada dos eguariços.
Lugar onde se gosta de viver; se quer viver; lugar do bem-querer.
Filho de origem estrangeira, nascido aqui. Pode ser filho de branco, de amarelo ou de preto, não importa a raça ou a cor.