Quem conhece meu cavalo
Sabe o quanto é especial
Pras horas de parceria
Não precisa de buçal
Tem olhos de vagalume
Caminhando noite a fora
Pra cavalgar no meu pingo
Eu não preciso de esporas
Meu pingo é um pouco de mim
Na distância que galopa
Pois na estrada da vida
Eu também reponto a tropa
De meus sonhos caborteiros
Carregados de esperança
Pois quem se estriba nos feitos
Tropeia perseveranças
É por isso que preservo
A estirpe de bom campeiro
Pois gaúcho bem gaúcho
Não maltrata um companheiro
Não adianta saltar cedo
Antes do cantar do galo
Pode cansar pela estrada
Se não tiver bom cavalo
Afetivo de cavalo de estimação.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.