Esse réu eu defendo de graça
Ele é bom não amola ninguém
No entanto quem canta o bugio
Bota vícios que ele não tem
Que é safado, ladrão e velhaco
Abusado e vergonha não tem
Quem diz isso transfere pro bicho
Os defeitos que a si não convém.
O bugio tá roncando na mata
Vai chover amanhã de manhã
Ou será que é o motor de uma serra
Derrubando algum Tarumã.
O bugio tá roncando na mata
Tá gritando o seu desafio
Ou será que é choro de gaita
Lamentando o fim do bugio.
Eu me espanto com tanta maldade
Dessa gente que o mundo pariu
Habitando um planeta tão lindo
Só queimou, devastou, poluiu
Derrubou a floresta nativa
Pôs veneno nas águas do rio
Tá matando o que resta da fauna
E ainda diz que o bandido é o bugio.
O bugio tá roncando na mata
Vai chover amanhã de manhã
Ou será que é o motor de uma serra
Derrubando algum Tarumã.
O bugio tá roncando na mata
Tá gritando o seu desafio
Ou será que é choro de gaita
Lamentando o fim do bugio.
Data vênia senhores que cantam
Seus libelos não têm procedência
Quem acusa quem culpa não têm
Tá de mal com a sua consciência.
Bom seria se a gente trocasse
A calúnia por um elogio
Preservando o que resta do pago
Como faz o mais bronco bugio.
O bugio tá roncando na mata
Vai chover amanhã de manhã
Ou será que é o motor de uma serra
Derrubando algum Tarumã.
O bugio tá roncando na mata
Tá gritando o seu desafio
Ou será que é choro de gaita
Lamentando o fim do bugio.
Guariba, primata sul-americano.