Vai escutando meu verso que é uma verdade seu moço
O Rio Grande esta mudado, agora sim, é um colosso
Acabou-se os cola finas que nos chamavam de grosso
Viva a bota e a bombacha, viva o lenço no pescoço.
Antes tempo o nosso traje na cidade era uma afronta
Era tanta gozação que eu até perdi a conta
A gravata imperava no salão de ponta a ponta
Hoje a bota e a bombacha e o lenço tomaram conta.
Hoje em nossa sociedade todo gaúcho se iguala
Vive no mesmo galpão proseando na mesma fala
É o Rio Grande do Sul de bombacha, bota e pala
Que fez da veste gaúcha o nosso traje de gala.
A nossa mulher gaúcha, beleza do meu rincão
É a razão e o motivo da grande transformação
Fez a prenda e o piazito ter amor no coração.
Pelas coisas do Rio Grande e a gaúcha tradição.
É grande a felicidade quando alguém nos segue a trilha
Comunga no mesmo mate nos costumes da família
Fazendo da tradição a sua maior partilha
Dividindo com quem chega a herança farroupilha.
Calçado com cano (curto, médio ou longo), feito de couro.
Calça-larga abotoada na canela do gaúcho
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.
Poncho leve de seda (para o verão), de algodão (para meia-estação) e de lã tramada ou bixará (para o inverno).
Lugar isolado em fundo de campo.
Jóia, relíquia, presente (dádiva) de valor; em sentido figurado, é a moça gaúcha porque ela é jóia do gaúcho.
Adolescente.
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.