Já montei em potro xucro num pelado de rodeio
De quebrar duas esporas e atorar as pernas do freio
É coisa que eu acho lindo um crinudo vindo aos berros
Se batendo no meu mango e se cortando nos meus ferros
Não escolho pelo ou marca nem o lado de montar
Ventana que corcoveia aprende a me carregar
Crinudo que se rebolca eu faço ajoelhar na grama
Se o diabo vem de a cavalo sou eu quem vou levar fama
(Rio Grande, Rio Grande é um gaúcho que te diz
Me deixa eu ir de a cavalo porque assim eu vou feliz)
Enquanto existir maleva que arraste os beiços no chão
Também vai se ver gaúcho de rédeas firmes na mão
Eu nasci pra ser ginete por favor não leve a mal
Pois o meu rancho é um arreio sobre o lombo de um bagual
E quando eu não puder mais sujeitar potro no laço
Eu quero encarar a morte e sair com ela de braço
Não tenho jeito pra santo mas se eu for pro beleléu
A potrada de São Pedro eu vou ginetear lá no céu/
(Rio Grande, Rio Grande é um gaúcho que te diz
Me deixa eu ir de a cavalo porque assim eu vou feliz)
(Rio Grande, Rio Grande é um gaúcho que te diz
Me deixa eu ir de a cavalo porque o sul é meu país)
Cavalo novo que ainda não levou lombilho.
Selvagem.
Animal de crinas compridas ou grandes.
Espécie de açoite.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Malfeitor, desalmado, mau e perverso.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.