Foi na querência que nasci andante
Sentindo sopro do vento pampeiro
Guardei auroras de manhas gauchas
Pra ver meu pago crescer altaneiro.
Me fiz monarca pelo amor a terra
Onde houver povo quero estar presente
Pra embalar os campos, rios e serras
No entonar de uma canção nascente.
E nesse meu orgulho de monarca
Trago a ternura que um serrano canta
Retemperando a alma do rio grande
Com muitos versos na minha garganta.
Carrego tarcas de um ritual campeiro
Pelo meu pampa num bater de marca
Na voz do povo refazendo a história
Por esse orgulho que m fez monarca.
Eu sou da estirpe que semeou coragem
Um bom gaucho que o temor não truca
Uma voz forte a dominar paragens
E um ideal que se apaga nunca.
Sou luz de estrelas pelas noites calmas
Voz de cordeona para alguém dançar
E o gauchismo que me vem da alma
É a razão pra me fazer cantar.
Lugar onde se gosta de viver; se quer viver; lugar do bem-querer.
Lugar em que se nasce, de origem
Vila, distrito.
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.
Descampados cobertos de vegetação rasteira onde a vista se estende ao longe; compreende desde a Província da Pampa Austral, ao sul de Buenos Aires (Argentina) até os limites do RGS com o Estado de Stª Catarina (Brasil).