Quem traz a noite nos olhos
Não percebe os pirilampos
Eu não preciso de rumos
Pra cavalgar pelos campos
Ágil como o pensamento
No meu pingo ventania,
Eu quero passear nos campos
Desses teus olhos, guria!
A água adquire forças
Em cada queda que leva,
Meu olhar também vagueia
Toda vez que não te enxerga
Os raios do sol são fortes,
Mas branda é a luz da lua,
Meu coração se incendeia
De tanta saudade tua
Guria, ouve meu canto,
Parceiro das noites longas
Escuta meu pensamento
Nas notas desta milonga...
(bis)
As distâncias dividimos,
Os sofrimentos são meus
Carrego tanto carinho
Para trocar pelos teus
O amor é complemento
O desencontro é tortura,
Eu não me encontro comigo
Vivendo em tua procura
Tem mais luzes quem caminha
Na estrada dos sentimentos
Me transporta dos teus olhos
Rumo dos teus pensamentos
Depois eu empreendo viagem
Pra alcançar teu coração
E vou ancorar meu barco
Nessa última estação
Afetivo de cavalo de estimação.