Um vento forte me reboja o pensamento
Desquino o tento pra não ter o que pensar
Atiro os sonhos no banhado do potreiro
E a noite grande vem me por a guitarrear
Traço caminhos pra seguir no outro dia
E a alma encilha novos fletes a domar
Nas invernadas que se perdem na distância
Mato essas ânsias extraviadas no cantar
(Fogões me agradam no clarim das inverneiras
Almas campeiras que povoam o galpão
Bis
São sonhos xucros mesclados com o minuano
Que esse aragano há muito tempo já domou
Que esse aragano há muito tempo já domou)
Int.
/lá fora a vida se desmancha em chuva fria
Cortando tropas buscando se acomodar
Um quero-quero se anuncia na coxilha
Ensaia rimas de saudades a recordar
Negra parceira que o fogão te viu ausente
E até o poente se perdeu no teu olhar
Repasso rimas de fogões e inverneiras
Almas campeiras que me põem a guitarrear/
Int.
Pequena invernada onde pastam potros, situado nas imediações de uma Fazenda ou Estância.
São os aperos que vão sobre o lombo do eguariço, somente.
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.
Vento predominante frio e seco, que sopra do quadrante SW (Alegrete, Uruguaiana, Quaraí, Barra do Quaraí) - donde habitavam os nativos (índios) denominados Minuanos (por essa razão), que se tornaram hábeis campeiros (laçadores e boleadores).
(Haragano) - Não dado ao trabalho.
Leves ondulações topográficas no terreno.