INFORMAÇÕES DA MÚSICA

Amansando de Garupa

Lisandro Amaral

CD Canto Ancestral (2011)

Eu junto os segredos dormidos no pala
Se a noite resvala, aroma e sabor
Recolho da soga meu pingo que sabe
Porque em silêncio roubei uma flor.

Gelado de inverno, o orvalho de julho
Cabresto no punho e ainda ressona
O amor da cordeona, convite ao pecado
Com a china do lado sentei a carona.

Romance que encilho de noite, pampeiro
Permisso gaiteiro me chama um carinho
E levo na anca com cheiro de lua
A pluma que a noite soprou pra o meu ninho.

Eu junto os segredos dormidos no pala
Se a noite resvala, cordeona e luar
E amanso de anca meu mouro que sabe
Porque em silêncio roubei teu olhar.

Gelado de julho e a geada se estende
E a lua me entende, clarão no caminho
Me arranca os espinhos em um sopro materno
E esquenta o inverno com a flor do meu ninho.

Tranco largo, fim de noite
E a madrugada derramando o serenal
Tranco largo, o rancho é longe
E hoje amanso de garupa o meu bagual.

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SOGA

Corda de sisal.

PINGO

Afetivo de cavalo de estimação.

CHINA

Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).

RANCHO

Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.

GARUPA

Anca.