Me dá licença que eu estou chegando
Eu sou lá do rio grande terra hospitaleira
Sou xucro da querência mas bueno de prosa
Se houver churrasco e trova e passo a noite inteira
Sou forasteiro mas me dou ao luxo
De ser um bom gaúcho e nunca fazer feio
Se quer me ver contente é me deixar cantar
Sapatear a chula e laçar num rodeio
Acho bonito um baile de galpão
Levantar poeira do chão num xote afigurado
Usar bombacha e tomar chimarrão
E horar a tradição do meu rio grande amado
Sou afamado nos bailes de rancho
E mesmo de carancho sou bem recebido
Se pego numa gaita e começo a tocar
Eu sei como deixar um baile divertido
Se houver encrenca e venha pro meu lado
Tô sempre preparado e não fujo da raia
Já fiz muito valente sair porta à fora
Escondendo as esporas num rabo de saia
Meu coração é como esse rio grande
Aberto para todos que quiserem entrar
Porém se alguma china me fizer proposta
Lhe dou logo a resposta pra não se enganar
Não me demoro aqui por estes pagos
Não sou acostumado longe do rincão
Mas se quiser garupa o meu cavalo aguenta
E vai de contrabando lá pro meu galpão
Lugar onde se gosta de viver; se quer viver; lugar do bem-querer.
Bom.
Comida preferida do gaúcho.
Espécie de desafio repentista, cantado e acompanhado musicalmente.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Dança masculina, constante de sapateios sobre uma lança.
Reunião para cuido, que se faz do gado.
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.
Calça-larga abotoada na canela do gaúcho
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).
Lugar isolado em fundo de campo.
Anca.